Desde que pequenos reservatórios de concreto passaram a fazer parte do orçamento público no Brasil, mais de 1 milhão de famílias no sertão tiveram um direito básico de acesso a água para beber em casa.
O sertão durante muito tempo, teve muita miséria, muita pobreza, sem agricultura sem água eram castigados pela política e pela seca, seu Francisco Monteiro agricultor, disse que a peste do coronavírus veio, mas Deus mandou chuva e encheu a cisterna deles de água.
Eles podem produzir alimento e tem água para beber. Com a pandemia estima-se que mais de 80 milhões de pessoas estão em extrema pobreza, segundo a Organização das Nações Unidas essas cisternas de concreto no sertão, tem mudado a vida de muitas famílias por lá.
A seca nunca abandonou o sertão, mas devido as cisternas que reservam água da chuva, o povo do sertão tem tido uma vida completamente diferente, seu Francisco disse que tem dias que tem mais outros dias tem menos, mas na época da seca quando eles não tinham a cisterna, muitas vezes eles não tinham nada, mas agora nunca falta o alimento na mesa.
Seu Francisco se lembra quando trabalhava em São Paulo e sonhava em voltar para o sertão, ele voltou passou muitas dificuldades, mas hoje está tendo uma vida diferente e os filhos e os netos, ele não teve oportunidade de estudar, mas os filhos podem ter esse luxo.
Tudo começou no ano de 1999, a sociedade em uma série de debates acompanhados da Organização das Nações Unidas no Recife, decidiram criar as cisternas de cimento, para estocar água da chuva para que não faltasse água na casa do sertanejo.
A princípio calcularam um milhão de cisternas e foram executado, hoje se tornou o programa de política pública federal, o acesso a água combinado com as políticas do governo e a transferência do Bolsa Família, mudavam a vida do sertanejo.
A mortalidade infantil diminuiu, onde faltava tudo hoje todos têm plantações, o programa ter água para beber, evoluiu, não basta somente ter água para beber, tinha que ter água para produção agrícola, o programa deu certo e trouxe uma mudança cultural, Francisco hoje é agroecológico.
Via: brasil.elpais.com