Depois de permanecer vinte dias internada, Elza Maria Martins Reis, de 65 anos, não resiste ao novo coronavírus no RJ. Ela estava infectada com a doença, e acabou por falecer após sofrer uma parada cardiorrespiratória, num hospital do centro.
“O momento mais doloroso, foi não termos a chance a de a vestir. Essa doença, não deixou eu ir ver a minha mãe ao hospital, e falar que tudo ia ficar bem. Tivemos uma grande preocupação, ao pensar que ela poderia achar que nós a teríamos abandonado, mas na verdade não podíamos a ir visitar”, lamenta a filha.
Elza, professora de profissão, foi internada no dia treze de abril, depois de ser encontrada desmaiada em casa, pelos filhos. Teria sofrido um AVC hemorrágico. “Todo o cuidado ainda é pouco. Uma doença que se tornou tao silenciosa na minha mãe, de repente tudo se acabou Apenas não se trata da morte em si, mas sim todo o sofrimento que trouxe para ela e para a família.
Por isso deixo um alerta, não aguardem o nome de algum familiar, virar um numero, porque é a pior dor que alguém no mundo pode passar, ao perder a mãe para uma doença dessas”, afirma a filha.
Segundo as informações apuradas, o AVC foi provocado pela doença do novo coronavírus. Uma parte do pulmão foi comprometido, devido à doença, e a professoram precisou de ser entubada a 3 de maio, mas acabou por não resistir.
“Ela sentia-se bem, não tinha sintomas. Mas do nada, ela amanheceu desmaiada na cama, de imediato meus irmãos a socorreram levando até à unidade hospitalar. Ela era muito cautelosa com o vírus. Ninguém estava saindo na rua.
Todos os dias nós filhos, telefonávamos para saber se ela estava no seu aconchego.Meu irmão é quem fazia as compras, e ia levar a casa dela”, conta. Mesmo sabendo o risco que a doença trazia, ela se preocupou com o dia de Páscoa e saiu de casa sem ninguém saber para comprar presentes.
“Ela foi muito teimosa, e saiu sem ninguém se dar conta para comprar os presentes de Páscoa para a família. Só descobrimos, depois de ter morrido. Quando mexemos nas coisas dela”, recorda.
A lembrança que fica na nossa memória de nós filhos, é que ela era uma mãe muito animada, amava demais os animais. Até para os cachorros fazia festa e ainda chamava os convidados.
“Como ela gostava de viver. Dona Elza, era a mãe de todo o mundo, com muita saúde dar e vender, alegria abundante e uma pitadinha de loucura. De madrugada, ela adorava enviar vídeos de gatinhos para todos. Fazia a festa dos cachorros, e ai de quem não comparecesse para cantar os parabéns”, finaliza.
Via: g1.globo.com