Diante da experiência de quase morte, o governador Wilson Witzel relatou como tudo aconteceu. De acordo com ele, dentro do ônibus em que estiveram presos havia um forte cheiro de gasolina, garrafas PET cortadas com gasolina estavam penduradas e o criminoso segurava um isqueiro.
Identificado como Willian Augusto da Silva, o criminoso foi atingido com tiros às 9h04. O isqueiro foi encontrado e recolhido no local do crime pela polícia, no momento em que ele foi abatido.
Witzel continua a relatar que durante as conversas de negociação com o criminoso ele se mostrou com certa perturbação mental, declarando que desejava parar o estado, assim, o governador afirma que irão ouvir seus familiares, reféns para que seja possível compreender o que leva uma pessoa a tal atitude.
Maurílio Nunes, comandante do Batalhão de Operações Especiais, confirmou o relato feito pelo governador, onde havia a afirmação de que o sequestrador possuía um perfil psicótico. A conclusão foi chegada devido ao fato de haver psicólogos no local, que confirmaram que ele possui um perfil psicótico com altos e baixos.
Nunes relata que foi de grande dificuldade manter todos bem, mas, após ser morto, foi verificado que a arma utilizada pelo sequestrado era falsa. Assim, ele afirma que a decisão do tiro foi de sua responsabilidade, mas que Wilson Witzel deu autonomia para que a decisão fosse tomada, dando a total condição de trabalho.
Se destacando nessa manhã de terça-feira, 20 de agosto, o governador deu detalhes sobre o ocorrido, principalmente sobre como se sentiu ao sair vivo do local, de onde saiu celebrando pela vida.
Wilson chegou à Ponte Rio-Niterói, local do crime, de helicóptero minutos depois do sequestro que aprisionou 37 reféns. Ele explica que seus gestos de euforia ao descer da aeronave consistiam-se no fato de que a atuação dos PMs estava em ótimas condições, assim, ele conseguia ver a gratidão das pessoas que estavam em sua volta.
Ele também explica que nunca se alegraria pela morte de alguém, isso porque muitos disseram que seus gestos comemoravam a morte de Willian Augusto da Silva, que morreu após três horas de cerco.
Via: g1.globo.com