Cubano desempregado no Piauí, tentou conseguir vaga como gari recebeu não por ser médico

Raymel Kessel e outros 47 médicos decidiram ficar no Piauí depois do fim do Programa Mais Médicos

Após o governo de Cuba decidir se desvincular do Programa Mais Médicos, do governo do Brasil, um grupo de 48 médicos decidiu que permaneceria no Piauí. Porém, neste momento os médicos se encontram desempregados e passam por muitas dificuldades para se manter no estado.

Raymel Kessel, de 39 anos, um dos médicos que resolveu ficar no país, conta que tentou até mesmo uma vaga como gari, mas acabou sendo rejeitado por ser formado em medicina.

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Após quatro anos trabalhando no estado, o médico acabou se casando com uma piauiense, e teve um filho. Por isso, ele decidiu ficar no país. Segundo o médico, ele se sente como parte de Ilha Grande, e se sente como se fosse naturalmente do local além do fato de ter formado família.Alguns outros cubanos também acabaram formando família no estado, e revelaram que agora estão passando por dificuldades para manter suas famílias devido a falta de emprego.

Eles agora aguardam pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida). Com este exame, eles poderão voltar para suas vidas normais, e irão novamente ocupar seus cargos em postos e hospitais do estado.

Porém, segundo foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que é o responsável pela aplicação deste exame, no momento ainda não se tem nenhuma data ou previsão para que o Revalida seja aplicado, sendo assim, os médicos aguardam mudanças a respeito desta situação.A esperança de Raymel agora é que com a chegada do mês de agosto, o governo cumpra a edição da medida provisória onde ocorrerá uma mudança no programa Mais Médicos e os médicos cubanos serão mantidos em seus trabalhos no Brasil. Segundo o médico, o exame não ocorre desde 2017, o que tem trazido muito desespero e preocupação para sua vida desde então. E há cerca de 7 meses os médicos não podem exercer suas funções devido a isso.

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O Ministério da Saúde tem uma estimativa de que após o fim do programa, ficaram no país cerca de 2 mil cubanos e que no momento tem trabalhado para que um novo programa seja lançado para atender a esta atenção primária.

 

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Escrito por Carla Juliana

Redatora no site noticiaviva.com. Apaixonada por gatos. Uma pessoa simples e muito bem humorada. Contato: [email protected]