Um caso revoltante aconteceu com uma mulher grávida na cidade de Barra Mansa, no sul do Rio de janeiro, onde a mulher grávida deu entrada no hospital da mulher na madrugada da última terça-feira (5) com sangramento e sinais claros de agressão.
Edjane de Lima de 35 anos contou que foi chutada principalmente na barriga pelo companheiro de 45 anos. A mulher apresentou descolamento da placenta e teve que ser levada para o centro obstétrico imediatamente para uma cirurgia de emergência onde deu à luz a uma menina de 27 semanas que está internada na UTI Neonatal da unidade médica.
No entanto Edjane de Lima apresentou problemas respiratórios e não resistiu os médicos tentaram todos os procedimentos possíveis para trazê-la de volta, mas devido à hemorragia a mulher não resistiu e faleceu. O corpo dela foi encaminhado para o IML de Volta Redonda para saber as causas da morte e se a morte teve relação com agressão sofrida de seu companheiro.
A Polícia Militar informou que o marido da mulher chegou ao hospital muito exaltado exigindo a documentação dela. Os funcionários do hospital então acionaram a polícia e ele foi encaminhado à delegacia de Barra Mansa onde prestou depoimento e foi liberado.
O homem não pode ser preso sem provas, à polícia vai aguarda o laudo do IML ser liberado e confirmar a culpa do suspeito. Testemunhas contaram que o homem era agressivo e já havia batido na esposa em outras ocasiões.
A criança segue internada na UTI e não foram divulgadas notícias sobre o seu estado de saúde. Os índices de violência contra a mulher no país é muito alto.
Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres no Brasil. A realidade, no entanto, muda pouco.
Também não muda o tratamento destinado aos agressores, classificados como loucos e antissociais, quando na verdade é o contrário: homens perfeitamente inseridos em uma sociedade que não dá o menor valor às vidas das mulheres.
Os dados são muitos, é necessário tempo para digeri-los. E depois disso, é preciso ação. Já basta de violência contra a mulher em todo o país.