Heróis de Brumadinho: exames detectam excesso de metais em quatro bombeiros que atuaram nas buscas

Com o afastamento dos profissionais da lama contaminada, espera-se que os níveis se normalizem naturalmente. Os bombeiros continuam trabalhando, mas não mais em contato com os dejetos da barragem.

Exames de monitoramento, realizados através do sangue e urina, revelam que pelo menos quatro bombeiros que trabalharam nas buscas em Brumadinho, depois do rompimento da barragem, apresentam excesso de metais no organismo.

Os profissionais já foram retirados do contato com a lama, afirma o Governo de Minas Gerais em nota, mas caso provoca preocupação em relação a saúde dos agentes.

Pelo menos três exames apontaram o excesso de metais nos organismos, um quarto exame ainda revelou a presença de cobre.

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No entanto, o governo mineiro afirma que os exames não apontam um caso de intoxicação aguda e que os bombeiros já foram remanejados por precaução, mesmo sem apresentar nenhum tipo de sintoma adverso.

Com o afastamento dos profissionais da lama contaminada, espera-se que os níveis se normalizem naturalmente. Os bombeiros continuam trabalhando, mas não mais em contato com os dejetos da barragem.

Novos exames de sangue e urina continuam sendo feitos regularmente em todos os profissionais expostos à lama, a medida é de precaução e tem por objetivo evitar que os bombeiros sejam intoxicados.A descoberta da presença de metais cedo aumenta as chances de recuperação.

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O monitoramento não tem sido feito apenas com amostras dos bombeiros, órgãos responsáveis continuam examinando o leito do rio Paraopeba e também com amostras da lama dos dejetos.

Tudo com o objetivo de não expor os bombeiros a níveis elevados de metais e também proteger a saúde da população que continua morando próximo ao local da tragédia.

Em nota, o governo declarou que “considerando a atividade de busca e salvamento vem sendo aplicado o protocolo de monitoramento da saúde em todos os profissionais, por meio da dosagem de metais no sangue e urina.

Até o momento foram detectados três exames alterados para o parâmetro alumínio no sangue. E um exame apontou presença de cobre”.

O rompimento aconteceu no último dia 25 de janeiro, mas até agora, pelo menos 141 pessoas continuam desaparecidas e 169 mortes foram confirmadas.

O caso segue na justiça para que os responsáveis sejam punidos e as famílias recebam indenizações. Outras barragens similares a de Brumadinho serão descontinuadas, afirmou a Vale e o Governo.

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Escrito por Notícia Viva