Fazendo do lápis e do papel as suas armas contra a depressão, jovem Beatriz Aparecia Abreu Sousa, natural de Itapetininga, no estado de São Paulo, conseguiu vencer a batalha contra a doença. E, além de derrotar a depressão, Beatriz também conseguiu reescrever os seus objetivos e realizar um sonho de infância: se tornar escritora. De acordo com a jovem de 22 anos, foi por meio do seu livro, que se encaixa no gênero infanto-juvenil, que ela conseguiu vencer a doença.
Durante uma entrevista concedida ao G1, Beatriz (que trabalha como redatora publicitária) informou que a ideia de escrever o livro “A Menina que Libertou o Pássaro” surgiu como uma ferramenta de recuperação e que possibilitaria que ela se tornasse uma escritora.
De acordo com ela, escrever sempre foi uma vontade sua e veio a se tornar o seu principal objetivo de vida. Através da escrita, Beatriz relata que aprendeu a se valorizar enquanto pessoa e enquanto profissional. Além disso, a atividade também acabou por afastar-lhe de sentimentos ruins, uma vez que ela passava por um momento delicado devido à depressão.
Processo iniciado em 2012
Beatriz ressaltou que começou a escrever “A Menina que Libertou o Pássaro” no ano de 2012. De início, a escrita era uma maneira de colocar no papel os seus sentimentos e ajuda-la na compreensão dos mesmos.
A história presente no livro fala a respeito de amor-próprio e existencialismo e tem como principal objetivo causar reflexão nos leitores acerca desses temas.
“A menina da história tem um papel importante porque é como se fosse a racionalidade do pássaro preto. Ela se torna amiga dele e mostra que ele não precisa se provar o tempo todo, não precisa ser como os pássaros coloridos, ser como ele mesmo. A menina enxerga a beleza que ele não via. Isso ajuda a desenvolver amor-próprio”, aponta a autora.
Além disso, a escritora ressalta que é possível se identificar facilmente com os personagens da história.
O livro de Beatriz será publicado ainda nos próximos meses. Ela avalia a publicação como um objetivo alcançado e como uma espécie de crescimento profissional.
De acordo com ela, a publicação de “A Menina que Libertou o Pássaro” funciona como uma espécie de renascimento para o qual se preparou durante toda a sua vida.