Maisa vira Cinderela moderna no cinema: “Dei o melhor de mim”veja

Em seu primeiro papel como protagonista, a atriz surpreende no papel de Cintia Dorella, em longa com Fernanda Paes Leme e Giovanna Grigio

Aos 16 anos, Maisa Silva chegou ao ápice da carreira. Além de um recém-anunciado programa solo na grade do SBT, ela também estreia como protagonista no cinema, em Cinderela Pop , que chega às salas de exibição no próximo dia 28.

Segundo a própria, o momento é de reconhecimento pelos esforços que fez a vida toda para superar a imagem de criança prodígio que ficou conhecida pela espontaneidade na interação com Raul Gil.

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Não que isso já não fosse algo elogiável para alguém que à época tinha apenas três anos. Mas encontrar um caminho relevante nas novelas, cinema e TV garantiu que ela não fosse apenas mais uma famosa mirim que cai no esquecimento e mantivesse a fama pelos últimos 14 anos.

“Eu nunca vou ser a melhor possível, mas eu sempre vou dar o melhor de mim. E eu sempre tive consciência disso”, analisou em entrevista realizada após apresentação exclusiva do filme para a imprensa.

No longa, ela encara o papel principal nas telas pela primeira vez. Nas experiências anteriores, Maisa dividia sempre o protagonismo com outras atrizes, como em Carrossel, onde os holofotes eram rachados entre ela e Larissa Manoela. “No começo, eu estava superinsegura e pensava: ‘Meu Deus, será que eu vou dar conta?’. Até porque as filmagens são intensas. Eu sabia que iam exigir demais de mim”, explicou.

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Fernanda Paes Leme, que interpreta a madrasta, elogiou o desempenho da pupila nas telas e garantiu que ela deu conta, sim. “Ela é uma menina que já tem essa responsabilidade desde muito jovem, mas dessa vez foi uma responsabilidade muito grande. Estamos falando do cinema brasileiro”.

No papel de Cintia Dorella (uma corruptela para Cinderela), ela interpreta uma princesa modernizada por Paula Pimenta, autora do livro que inspirou o filme.

Sai de cena a princesa submissa que fica à espera de um príncipe encantado e entra a adolescente decidida que prioriza uma carreira no lugar dos relacionamentos. Em vez de perder um sapatinho de cristal no baile, ela perde um All Star estilizado enquanto discoteca escondida da família.

E reis, rainhas e toda a monarquia da história oficial é eliminada em prol das verdadeiras estrelas da realeza atual: influenciadores digitais, cantores e atores. “Pensei como seria um príncipe hoje em dia. Então imaginei que a melhor saída era criar o príncipe das adolescentes: um príncipe pop star. A Cinderela de hoje em dia perde um All Star e as princesas não ficam esperando um princípe. O interesse é a carreira”, resume a autora, Paula Pimenta.
Dessa maneira, o par romântico de Maisa em Cinderela Pop é Fredy Prince, um pop star romântico intrepretado por Filipe Bragança. O caso dos dois é cheio de percalços. Na segunda vez que se encontram, eles sentem uma forte conexão, mas precisam se separar à meia-noite, quando Cintia não vira abóbora, mas precisa voltar para casa e evitar que a família descubra sua atuação como DJ.

O filme tem como trunfo conseguir criar uma adaptação que prioriza o humor quase o tempo todo. A madrasta, tradicionalmente malvada nas diversas versões da Cinderela, nesta adaptação é mais caricata e debochada, mostrando uma nova faceta de atuação de Fernanda Paes Leme, que quase rouba a cena de Maisa no filme com um dos seus melhores trabalhos da carreira até agora.

“Os adultos e os pais vão se divetir mais com a Patrícia. As crianças ficaram bravas. Por isso estou disfaraçada com esse visual diferente”, brincou a atriz, que abandonou o cabelo loiro liso do longa pela coloração preta com cachos.

Giovana Grigio, interpréte da youtuber Belinha e melhor amiga de Fredy Prince, se destaca principalmente por ser uma personagem que reforça a faceta feminista e empoderadora que fica de pano de fundo na história.

Em um momento do mundo onde pautas do tipo são tão importantes na arte e na cultura pop, Belinha serve como guia de vários personagens em assuntos sobre como ter amor próprio e saber conciliar os sonhos sem abrir mão do amor.

Desafio no clichê

Adaptações de livros e remakes de histórias já contadas no cinema são sempre um desafio para diretores e elenco. A principal tarefa é não cair no clichê e apresentar um resultado que justifique o resgate. Quando o assunto é abordar um conto de fadas clássico da Disney, o desafio fica ainda maior.

Afinal, uma história como Cinderela é conhecida de trás para frente por absolutamente todo mundo que acompanha o cinema infanto-juvenil. Mas com uma modernizada e a liberdade em contemporizar a história para um Brasil urbano dos anos 2010, o diretor Bruno Garotti e a escritora Paula Pimenta conseguiram realizar essa árdua tarefa. Mas não foi simples.

“Fizemos três ou mais versões do roteiro até que eu, a equipe e a Paula chegássemos num acordo. Uma coisa é o livro, outra é o cinema. Mas acho que atingimos um bom resultado na tela, no fim das contas”, aposta o diretor Bruno Garotti.

Segundo os dois, a ideia era agradar os pais que já conheciam outras versões de Cinderela e as crianças e adolescentes, que poderiam ter contato com uma versão mais atualizada do conto de fadas. “Esperamos atrair não só crianças e adolescentes, mas os pais também. Acreditamos que essa abordagem inovadora e que se aproxima do Brasil atual – mas sem deixar claro a cidade em que se passa a história – transforma Cinderela pop em um filme atraente para o País todo e muitas faixas de idade”, aposta Paula Pimenta.

 

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Escrito por Carla Juliana

Redatora no site noticiaviva.com. Apaixonada por gatos. Uma pessoa simples e muito bem humorada. Contato: [email protected]