Infelizmente, tem casos e casos de coronavírus, e este é um daqueles casos tristes, que poderiam ser evitados. Wafa Boudissa, de 28 anos, médica estava grávida, e teve a sua licença de maternidade recusada. E acabou por falecer da doença do novo coronavírus. Segundo a AFP, o diretor do hospital, acabou por ser demitido.
A jovem estava no seu oitavo mês, de gestação e acabou por falecer na última sexta-feira. A médica, teria pedido por três vezes, a licença de gravidez antecipada, mas o chefe do hospital negou todas.
Depois do ocorrido, as colegas da médica, assinaram uma petição, para apoiar o seu pedido , após de um decreto presidencial ser autorizado que as mulheres e mães grávidas, estavam tirando uma licença exclusiva devido ao surto do novo coronavírus.
Segundo o marido da médica, Algerie Focus, ele conta que eles mudaram de residência indo viver para um apartamento perto da unidade onde ela trabalhava no começo do Ramadã,logo após o pedido de licença ser recusado pelo diretor.
A jovem, estava a prestar serviço na unidade de cirurgia do Hospital Ras EL Oued, mas o mesmo centro médico, disse que não estava tratando pacientes com a doença. O hospital também declara, que todos os pacientes, estão sendo tratados em outra unidade.
Após a morte de Boudissa, o ministro da Saúde, Abderraham Benbouzid, demitiu o diretor da unidade. O ministro da saúde, relata que depois de ter acompanhado as imagens na televisão, não consegue ainda perceber o motivo de uma mulher grávida foi forcada a trabalhar, durante uma visita a residencia da médica, e ao hospital para dar os pesamos.
Ainda no passado sábado, o ministro pediu que fosse aberta uma investigação para apurar sobre a morte da médica. A AFP, comunicou que qualquer pessoa que tenha sido a responsável pela morte de Boudissa, poderá ser acusada por homicídio culposo. A triste notícia causou uma grande indignação, com a população daquele país, indo na rede Twitter, pedir que os verdadeiros responsáveis sejam presos.
Ainda assim o usuário escrever em francês:”Ele merece ir para a cadeia, é claramente um homicídio”. Outros agradeceram à médica por toda a dedicação de serviço prestado.
Via: monitordooriente.com