Nos dias de hoje, a grande discussão em relação á identidade de gênero está sem dúvida cada vez mais complexa e polêmica. O jornal O Globo, por exemplo, contou uma história totalmente real que envolve uma criança trans neste último domingo, dia 9 de junho.
Bruna é o nome da criança que nasceu com o gênero masculino, porém nunca aceitou tal condição. E são os próprios pais dela quem contam que, desde os seus cinco anos de idade, a menina reclamava bastante quando alguém tentava colocar nela uma roupa que fosse de menino.
Em seu aniversário, não houve aqueles temas como o Homem Aranha ou carrinhos, como é o de costume nos aniversários dos pequenos garotos. Bruna (este é o nome fictício que foi escolhido pelo jornal para se referir à menina) preferiu um tema da Moranguinho.
“Foi muito difícil no início de tudo isso. Por que eu tinha a intenção de comprar roupas para ela, pois, ela queria um vestido para girar… Mas ele (o pai da criança) não aceitava de nenhum jeito”, disse ela.
“E eu tinha certo medo de que talvez, eu estivesse fazendo a coisa errada”, lembra a mãe da criança, em uma entrevista que concedeu ao jornal O Globo.E a verdade é que os problemas não estavam apenas dentro de casa. A mãe contou que uma das coisas que aconteciam com mais frequência na escola era o fato de a garota escrever o seu nome social, e a professora, quando via mandava que ela apagasse.
A mãe reclama ainda que até mesmo em um ambiente como a escola, onde na teoria as crianças deveriam aprender até sobre si mesmas, os profissionais nem sequer faziam algum tipo de esforço para tentar compreender melhor a situação.
Mas Bruna não desistiu de lutar em favor daquilo em que acreditava e, recentemente, a Justiça do Rio de Janeiro tomou a importante decisão de autorizar que o menino pudesse virar menina.
Em seus documentos, Bruna já pode ser identificada e chamada pelo ‘nome social’, nome esse que é o escolhido pela própria pessoa trans para ser tratada.
Depois que seu nome foi mudado, a criança virou literalmente outra pessoa, como diz sua própria mãe, que atualmente deixa a filha ir para a escola sozinha com tranquilidade, usando as roupas e a identidade que fazem com que ela realmente seja feliz.