Uma nuvem de gafanhotos vem tirando o sossego dos fazendeiros e agricultores do sul do Brasil. Isso tudo, porque a nuvem de gafanhotos que estava se deslocando na Argentina, está se aproximando do fronteira com o Brasil, chegando perto do município de Sauce no Uruguai, distanciando em cerca de 180km da cidade Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
A localização dos gafanhotos tem sido de grande dificuldade devido à uma série de fatores. De acordo com os técnicos argentinos que monitoram os insetos, os gafanhotos tem costume de se repousar em locais de difícil acesso e muitas vezes foi necessário andar horas à cavalo para localiza-los.
Outros as aspectos difíceis na localização dos mesmos são as regiões de mata fechada, a falta de estrada, os ventos e as chuvas. Na semana passada, a SENASA, órgão responsável pelo monitoramento dos insetos revelou que cerca de 15% da quantidades deles teriam sido eliminadas por aplicações químicas através de aviões.
Essa foi a segunda aplicação química do órgão argentino, que tinha realizado a primeira aplicação no dia 26 de junho e também conseguido eliminar outros 15% da nuvem. Uma das principais barreiras ou dificuldades enfrentadas pelas autoridades sanitárias argentinas é a capacidade que esses insetos tem de se deslocar e mudar a rota.
Por dia, as pragas podem percorrer até 150 km e comer a quantidade necessária para alimentar um rebanho de 2 mil vacas. Na argentina, as principais regiões atingidas foram as províncias de Santa Fé, Formosa e Chaco, onde existe produção de mandioca e cana-de açúcar devido às condições favoráveis do clima.
Os gafanhotos não representam perigo às pessoas, não atacam ou fazem mal, sendo as lavouras as mais prejudicadas.
Via: g1.globo.com