Mesmo com o sol superando os 30º graus durante o dia, um grupo de universitários decidiu atender a convocação de um professor que soube da situação vulnerável em que vivia uma família no bairro de Nova Manchester, Sorocaba, São Paulo.
Com o período de chuvas, o professor ficou sensibilizado com uma família que vivia em um barraco e decidiu perguntar aos alunos se eles topavam auxiliar na construção de uma casa para a família. O pedido foi um sucesso e vários alunos se mobilizaram.
A família de William Gligor da Silva Soares, de 21 anos, vivia em um barraco improvisado com plásticos e madeiras de 15m².
Além de William, também moravam na casa sua esposa, o cunhado e duas crianças. William revela que a maior preocupação era mesmo quando chovia. “Minha preocupação é com os meninos. Esses dias deu uma chuva forte, ouvimos uns barulhos e já corremos”, contou.
William atualmente está desempregado e se dedica a coleta de material reciclável durante a semana para ter alguma renda. Já nos fins de semana, ele se junta aos alunos de engenharia para avançar com a construção da casa.
O professor da Universidade de Sorocaba (Uniso), Paulo Salmazo, é membro da Pastoral da Criança e pediu permissão da coordenação para levar o assunto para a sala de aula.
“Eles [alunos] fizeram vaquinhas, rifas e foram atrás de empresas para materiais. Se mobilizaram em um trabalho totalmente voluntário”, conta.
A obra começou no dia 22 de setembro, mas Salmazo explica o porque de estar levando tanto tempo. Segundo o professor, os alunos se encontram na propriedade todos os sábados das 9h às 14h e dependem inteiramente da doação de material e captação de recursos, também através de doações. Além disso, nos fins de semana que fazem chuva, os alunos não conseguem trabalhar na casa.
“Vai ser difícil, porque ainda precisamos de muito cimento, areia e pedra. Sem falar na parte elétrica. Porém, temos pressa para colocarmos a família logo dentro da nova casa com condições dignas de um ser humano”, declarou o professor.
O professor disponibilizou o e-mail [email protected] para o caso de doações. O contato é direto com Paulo Salmazo.