A paisagista Elaine Perez Caparroz , que segue internada desde o dia 16 depois de ser brutalmente atacada em seu apartamento na Barra, Rio de Janeiro, deve ser liberada para voltar para casa em breve.
Segundo a equipe médica que acompanha seu caso, ela deve receber alta nesta sexta-feira, dia 22.
No entanto, isso não significa recuperação total, para o médico Ricardo Cavalcanti, responsável pela avaliação plástica da mulher, para a reconstrução facial de Elaine serão necessários pelo menos 6 meses.
Elaine deve ser ouvida a qualquer momento pela polícia, essa é uma das partes que faltam para fechar a investigação do caso. A delegada Adriana Belém, da 16ª DP (Barra da Tijuca), estava apenas aguardando que Elaine estivesse melhor e mais estável para ouvir seu depoimento.
Elaine foi brutalmente agredida por cerca de 4 horas durante o primeiro encontro com Vinícius Batista Serra, de 27 anos. Os dois mantinham um relacionamento há oito meses pelas redes sociais, quando Elaine o convidou para ir até sua casa.
O homem entrou no prédio com uma identidade falsa e se encaminhou até o apartamento da mulher, onde a sessão de tortura começou. Praticante de artes marciais, Vinícius atacou a vítima de forma brutal, causando danos terríveis no corpo e face da mulher.
Segundo relato, Elaine apenas sobreviveu porque tinha noções de defesa pessoal, já que também pratica luta, e foi capaz de proteger seus pontos vitais.
A polícia investiga a possibilidade do caso ter sido premeditado, já que os dois se conheciam há meses e Vinícius usou uma identidade falsa para subir até o apartamento. O homem alega que sofreu um surto psicótico ao chegar no apartamento.
A polícia agora tenta descobrir o que realmente aconteceu, para definir por quais crimes Vinícius deve responder. Por enquanto, o homem está sendo acusado de tentativa de feminicídio, que é o homicídio agravado pelo ataque contra mulheres motivado pelo simples ódio ao gênero.
Vinícius Serra tem histórico de violência, anteriormente o homem foi acusado pelo pai e irmão de violência. Os dois tinham horário marcado para prestar depoimento, mas não apareceram. Construir o perfil do agressor é importante para o seguimento das investigações.