Segurança que matou jovem asfixiado em mercado no Rio de Janeiro já foi condenado por violência doméstica

Para a Polícia Federal, Davi Ricardo Moreira Amâncio não poderia atuar como segurança, isto porque em 2017 ele foi condenado por violência doméstica, depois de agredir fisicamente a ex-companheira e um dos próprios filhos.

O Brasil ficou em choque com as cenas do homicido do estudante Pedro Gonzaga, em uma unidade do Supermercado Extra, na Barra da ijuca, Rio de Janeiro. O jovem, de 19 anos, foi morto por um dos seguranças do local com um mata-leão; o golpe matou o rapaz por asfixia e toda a cena foi filmada. Para a Polícia Federal, Davi Ricardo Moreira Amâncio não poderia atuar como segurança, isto porque em 2017 ele foi condenado por violência doméstica, depois de agredir fisicamente a ex-companheira e um dos próprios filhos.

A informação foi divulgada pelo programa global Fantástico e adiciona ainda mais problemas ao caso. Segundo a Polícia Federal, pessoas com antecedentes criminais não podem exercer profissão de segurança ou vigilante. Davi Ricardo Moreira foi condenado a três meses de prisão, que cumpriu em regime aberto, segundo o registro, ele agrediu sua então companheira com chutes, tapas e socos. Segundo apuração do programa, até mesmo o filho de Davi foi vítima de agressões.

Na sentença da juíza Rachel Assad da Cunha, do 2º Juizado de Violência de Bangu, ela narra o momento do ataque. A ex-companheira de Davi, que não teve seu nome divulgado declarou em depoimento que discutia com Davi, discussão motivada por ciúmes, no momento do ataque, quando “xingou o réu, oportunidade em que foi agredida com vários socos no rosto, na presença de seus filhos”. Ainda segundo seu depoimento, um dos menores tentou defende-la das agressões mas também recebeu um soco na boca.

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Davi Ricardo responde pelo homicídio de Pedro Gonzaga e foi solto depois de pagar R$10 mil em fiança. Segundo o delegado que comanda as investigações, não há evidências que apontem que Davi tinha intenção de matar, por isso o segurança deve responder por homicídio culposo. Em reação a decisão do delegado, muitas pessoas tem se manifestado, alegando que o segurança foi alertado diversas vezes que o jovem estava inconsciente e, mesmo assim, não soltou o rapaz. No rio, um grupo de pessoas tem feito manifestações nas ruas pedindo justiça pelo ataque, alegando até mesmo que houve crime de racismo na ação do segurança durante a abordagem.

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Escrito por Notícia Viva