Um homem de 34 anos acusa a Caixa Econômica Federal de racismo depois de ser expulso de uma agência pela polícia militar a pedido da gerência. Crispim Terral, dono das Farmácias Terral, denuncia que estava na agência esperando atendimento por mais de 4 horas quando foi convidado a se retirar.
Confuso com a solicitação, ele se negou a sair da agência e permaneceu. Nesse momento, segundo empresário, a gerência do banco entrou em contato com a segurança e um policial militar arrastou Crispim para fora do banco. Toda a ação aconteceu na frente da filha menor do empresário e foi filmada por ela.
Crispim Terral contou que mantinha um contato com a agência por mais de dois meses, solicitando o comprovante de depósito de dois cheques.
Os cheques, nos valores de R$1 mil e R$1.056 foram devolvidos pelo banco sob alegação de que não havia saldo suficiente na conta, no entanto, depois disso o valor foi debitado. Crispim tentava conseguir o estorno dos R$2.056 quando foi atacado pela polícia.
Crispim conta que já havia tentado resolver o problema 7 vezes antes da ocasião na última semana. Pela oitava vez, ele estava na agência para tentar solucionar o problema. O empresário conta que foi atendido por um gerente de nome Mauro, mas que o atendimento não foi adequado.
“Ele me tratou de forma indiferente em relação aos outros clientes que estavam lá. Eu tive que esperar durante quatro horas até me cansar e ir até à mesa do gerente geral”, conta. Crispim estava acompanhado da filha de 15 anos, que assistiu toda a cena.
Cansado da espera, ele foi por iniciativa própria até a mesa do gerente geral que, incomodado com a presença dele, exigiu que ele saísse de sua mesa e, diante da recusa, chamou a polícia. “Ele então acabou chamando a polícia depois que eu me recusei a sair da mesa dele.
Após uma hora, os policiais chegaram no local e, à princípio, não fui maltratado. Eles quiseram me conduzir à delegacia junto com o gerente geral, mas ele afirmou que só iria se ‘esse tipo de gente’ saísse algemada. Só quem sofre o racismo, sente a dor”, conta.
Nesse momento, Crispim conta que se recusou a colocar as algemas e nesse momento sofreu o golpe do policial. Ele afirma que os policiais também foram racistas, já que ele em momento algum demostrou resistência ou qualquer tipo de agressividade que justificasse o golpe. O vídeo mostra que o relato do empresário é verdadeiro.